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Sou mãe, sou Thoughtworker

Sou mãe, sou Thoughtworker

Nunca pensei que me tornaria uma tecnologista. Eu me formei em Arquitetura, e trabalhar em uma empresa de TI não era um caminho óbvio para mim. Eu não sabia que um dia me tornaria mãe. Eu era uma incansável viajante do mundo e questionava constantemente a maternidade compulsória.

 

Mas aqui estou hoje, trabalhando na Thoughtworks há seis anos e criando dois filhos.

 

Foi difícil reiniciar minha carreira em uma área totalmente diferente seis anos atrás. E foi chocante perceber que ser mãe em um ambiente de trabalho era tão distinta da minha antiga realidade. Nunca tive empatia por outras mães, nunca ouvi suas histórias e nem imaginava que essa nova realidade criasse novas necessidades.

 

Mas você não precisa ser mãe para entender isso.



Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

 

Antes de me tornar mãe, trabalhar de casa era o mesmo que trabalhar em um ambiente descontraído e tranquilo. Sempre que tinha um intervalo, eu pegava uma xícara de café, e podia descansarum pouco. Agora, todo o tempo livre que tenho eu uso com meus filhos. Isso é incrível do ponto de vista de uma mãe. Adoro estar perto deles, e é importante que eu consiga atender às suas necessidades. Mas, ao mesmo tempo, sinto falta daqueles momentos tranquilos e relaxantes que também são cruciais para uma vida profissional ocupada.

 

É difícil encontrar o equilíbrio certo quando tudo está misturado, e a sensação é que sempre falta alguma coisa.



Privação de sono

 

Se eu tivesse que escolher um aspecto em particular que tenha mudado a minha vida profissional imensamente depois que meus filhos nasceram, seriam as consequências da privação de sono. Já faz quase três anos que eu não durmo uma noite inteira. Mais recentemente, com meu bebê recém-nascido em casa, tenho tirado cochilos curtos (uma hora a cada duas horas) a noite toda.

 

Os impactos de não dormir adequadamente podem ser devastadores. Não é nenhuma surpresa que a privação do sono tenha sido usada como forma de torturar inimigos em muitas guerras em nossa história. Você consegue imaginar o quão ruim isso pode ser para alguém que precisa se concentrar e trabalhar?



Bons exemplos

 

Estes são apenas alguns aspectos de como as coisas mudaram  depois que me tornei mãe. E tudo isso é tão louco que comecei a acreditar que as mães não poderiam ser boas no que faziam profissionalmente. Um dia, comecei a procurar por outras mães que fossem bem-sucedidas em seus empregos. E encontrei muitos bons exemplos na Thoughtworks.

 

A diretora-presidente da empresa no Brasil, Marta Saft, é um exemplo perfeito disso. Sinto-me muito grata quando olho para cima e vejo líderes que também são mães. Isso me faz acreditar que é possível fazer o que eu quero na minha carreira e também ser uma boa mãe. Gostaria de ver mais exemplos como este, não só na nossa empresa, mas também na nossa sociedade.



A Thoughtworks é um bom lugar para ser uma mãe

 

De forma geral, Thoughtworkers são pessoas super compreensivas. Nunca me senti pressionada a escolher entre minha família e meu trabalho. Por exemplo, eu tive todo o suporte necessário para apoiar minha decisão de amamentar meu filho mais velho até os dois anos de idade. E isso aconteceu porque minha liderança estava aberta a entender e atender minhas necessidades.



Um futuro mais inclusivo…

 

A maioria de nós cresceu usando uma linguagem que, em vez de nos encorajar a entender o que estamos sentindo e o que precisamos, nos leva a rotular, comparar e julgar. Aprendemos a definir e classificar facilmente "mães boas ou más". Por isso, foi instituído um conceito de maternidade (muito distante da realidade) que nos leva a acreditar que cansaço é sinônimo de devoção, e que o sofrimento é necessário para o amor materno.

 

A única maneira que vejo de realmente acolher as mães nos espaços de trabalho é ter abertura para ouvi-las e se adaptar às suas necessidades. São necessários espaços seguros para levar essas conversas a mães que nunca tiveram a oportunidade de falar honestamente sobre seus sentimentos. As empresas, por outro lado, devem investir esforços para se adequar a essas exigências.

 

E tudo isso só acontecerá se as mães entenderem os mecanismos por trás da sociedade patriarcal, que convenientemente nos vendeu essa imagem de mãe supermulher, e nos fez acreditar que não precisamos de mudanças, ou que não temos o poder de exigi-las.



… e um mundo melhor

 

Se você acredita em um mundo melhor da mesma forma que eu, provavelmente ficará feliz em saber que estou fazendo o meu melhor para criar filhos que sejam respeitosos, gentis, conscientes das injustiças sociais, amorosos, criativos e autoconfiantes. Vai saber! Eles podem se tornar nossos próximos líderes nacionais! Ou pessoas com quem você adoraria trabalhar, e que ajudariam você a crescer. Eu certamente já venho crescendo muito com eles!

Aviso: As afirmações e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade de quem o assina, e não necessariamente refletem as posições da Thoughtworks.

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