Em todo o mundo, meninas e mulheres enfrentam inúmeros desafios para viverem suas vidas de maneira segura, livre, financeiramente independente e socialmente empoderada. Espaços seguros são locais físicos ou virtuais onde meninas e mulheres podem buscar apoio para desenvolver plenamente suas qualidades, ultrapassando obstáculos de gênero que impedem seu acesso a educação, trabalho e assistência de saúde.
O Ignite International Girls Hackaton, do Global Fund for Women, tem o objetivo de desenvolver sites ou aplicativos que ajudem a criar e divulgar espaços seguros para meninas e mulheres. A competição global de tecnologia, voltada para meninas de 11 a 23 anos, realizou em Porto Alegre, no último fim de semana de fevereiro, uma edição repleta de novas ideias. Ao todo quinze jovens elaboraram juntas quatro propostas de aplicativos.
Como funciona a competição?
As meninas se dividem em times para criar em conjunto um aplicativo ou site que ajude a criar e promover espaços seguros para mulheres. Os projetos desenvolvidos são julgados quanto à sua abordagem ao tema da competição, ao impacto potencial nas comunidades a que se destinam e à execução técnica do desenvolvimento. O projeto vencedor da etapa mundial será anunciado em um videoclipe da cantora Carolyn Malachi e posteriomente desenvolvido pelo Global Fund for Women e divulgado pela ONU Mulheres, pelo Global Fund for Women, pela XPrize Foundation e demais parceiros do Ignite International Girls Hackathon. Além disso, os dois primeiros colocados de cada Hackathon foram divulgados na Geek Gallery do Ignite.
Ignite International Girl Hackathon em Porto Alegre
A edição de Porto Alegre aconteceu nos dias 28/02 e 01/03 no escritório da Thoughtworks. Disponibilizamos o espaço, as máquinas e alguns dos coaches para ajudar as meninas a darem seu melhor, e o resultado foi um fim de semana de muito aprendizado e diversão. As 15 participantes, que já tinham noções de programação, formaram quatro equipes, e cada equipe desenvolveu um projeto de aplicativo ou site com a ajuda dos coaches utilizando Ruby, AppInventor, HTML, CSS e Javascript.
Os jurados em Porto Alegre foram Laura Sartoretto, advogada atuante na área de ambientação de imigrantes e suporte a mulheres, Estella Rocha, organizadora de grupos de discussão feminista, e Erick Pintor e Leticia Figueira, desenvolvedores de software.
Os projetos criados foram:
EnFrente Maria: uma rede social e comunidade online para relatos e denúncia de violência doméstica. Além de informações sobre como agir (onde denunciar, locais de apoio), a rede proporciona suporte mútuo entre as vítimas.
CooperaDona: o projeto começou como uma rede de troca de conhecimentos gerais e acabou se tornando uma rede social voltada para mulheres empreendedoras/pequenos negócios. O objetivo é compartilhar informações sobre abertura de empresas e dar suporte para a comunicação entre as mulheres que desenvolvem trabalhos semelhantes.
Safe Girl: app mobile com mapas marcando locais onde houve denúncia de assedio na cidade, seja em vias públicas ou estabelecimentos privados.
Não me calo (projeto vencedor da edição de Porto Alegre): app para denúncia de assédio em estabelecimentos comerciais. O app conta com ranking de estabelecimentos por número de denúncias e um mapa da localização dos estabelecimentos denunciados.
Cada projeto foi um sucesso em si, e estamos muito felizes com o resultado do evento. Fizemos amigas e compartilhamos experiências, ao mesmo tempo em que contribuimos para reduzir a disparidade de gênero na área de TI.
Esse foi apenas um dos muitos eventos que a Thoughtworks apoia para incentivar mulheres a se envolverem em TI. Dê uma olhada nos nossos eventos e participe dos próximos. Esperamos ver todas em breve!
Aviso: As afirmações e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade de quem o assina, e não necessariamente refletem as posições da Thoughtworks.