TWU Brasil: adaptando um programa global para um contexto regional
Papel: Program Manager, TWU Brasil
Localização: Porto Alegre
Pronomes: Ela/She/Her/Ella
Nome: Roselma Mendes
Papel: Treinadora Lead, TWU Brasil
Localização: Recife
Pronomes: Ela/She/Her/Ella
O que você faz na Thoughtworks?
Juliana: Como Program Manager da TWU Brasil, sou responsável por garantir a experiência, execução e resultados do programa como um todo. Também apoio trainers a desempenharem seus papéis.
Roselma: Meu papel é o de Treinadora Lead no programa TWU Brasil. Minhas responsabilidades são prover o suporte trainers e à PM no que diz respeito aos objetivos de aprendizagem, apoio a trainees e infraestrutura da TWU Brasil.
Você esteve na mesma função durante todo o tempo que esteve na TW?
Juliana: Iniciei na Thoughtworks em 2016, como parte do time de Recrutamento, sem nenhuma experiência na área ou em consultorias de tecnologia. Pude atuar (e me desafiar) em diferentes papéis, como Tech Recruiter, Recruiting Program Change Lead e Recruiting Lead. Em 2018, tive a honra de liderar o "Enegrecer Recrutamento Expresso'', primeira iniciativa da Thoughtworks Brasil com foco intencional na contratação de pessoas tecnologistas negras.
Roselma: Comecei na Thoughtworks como trainee, fiz parte da TWU Índia. No Brasil, trabalhei com projetos internos otimizando a oferta de infraestrutura para Shadow Apps. Trabalhei em várias outras frentes, como os times de Knowledge Management e Estratégia de Plataforma. Também atuei como Technical Principal apoiando projetos internos no Brasil com a aplicação da Estratégia de Tecnologia da Thoughtworks.
Falem um pouco sobre a TWU Brasil. Como foi trazer o programa para a região?
Realizar o programa em português era um sonho antigo, e a experiência de ter recebido a turma da TWU 69 no Brasil nos encorajou a retomar esse projeto (em função dos primeiros casos de Covid na China, o batch 69 foi deslocado para Porto Alegre).
Removendo a barreira do idioma, queríamos alavancar a diversidade de TWers no Brasil, uma vez que 95% da população brasileira não fala inglês. Especificamente, tínhamos como objetivo alavancar o número de pessoas negras na TW Brasil, por isso, decidimos fazer uma edição com foco neste recorte. Então, em outubro de 2020, foi lançada oficialmente a TWU Brasil, com uma primeira turma 100% formada e liderada por pessoas negras, com apoio de pessoas aliadas.
Um ponto importante era garantir que trainees da TWU Brasil tivessem a mesma experiência do programa global. Para isso, contamos com a dedicação de pessoas brasileiras que já eram trainers da TWU Global e apoiaram a implementação do programa aqui. Traduzimos o material existente, com as adaptações necessárias para o nosso contexto social e de mercado. Por fim, capacitamos novas pessoas treinadoras que seguiram com o programa local.
Como foi lançar o programa de forma totalmente remota?
Nós aproveitamos muito a experiência do programa global ao transitar do formato presencial para o remoto. Entre as adaptações que fizemos, estão o uso de breakout rooms do Zoom para atividades em dupla, o uso de jogos online durante encontros do time, e até a prática de fazer mais perguntas durante as sessões para que trainees se engajem o máximo possível no assunto apresentado.
Também é importante ressaltar que a primeira turma iniciou em um período crítico da pandemia no país. Portanto, para nós era muito importante oferecer genuinamente um espaço de desenvolvimento e crescimento. Partindo dessa premissa, desenhamos uma jornada baseada em 3 pilares:
1 - Pessoas no centro: promover uma experiência humanizada, baseada no cuidado e no acolhimento.
2. Olhar ampliado para o contexto do mundo: o que estamos vivendo x realidade de participantes.
3 - Aprender com as experiências: criar um espaço para aprender, reaprender, testar, errar.
Como a TWU Brasil foi recebida por TWers? Como estão indo as coisas?
Tivemos o apoio de várias pessoas na construção e execução do programa no Brasil, afinal rodar um programa como a TWU exige coordenação com outras áreas operacionais como recrutamento, marketing, staffing.
Nesse momento, estamos na segunda turma, com o dobro de participantes em relação à primeira turma. Hoje temos 5 pessoas treinadoras para 20 trainees. E a turma 03 já está confirmada para agosto de 2021.
Estamos aprendendo e evoluindo a estrutura do programa local, considerando pontos de melhoria que já observamos com a primeira turma.
O que há de único na Thoughtworks?
Na Thoughtworks, a excelência não vem somente do nosso conhecimento sobre as melhores práticas no desenvolvimento de software, mas também da busca contínua por um ambiente em que as pessoas aprendem umas com as outras.
Defendemos que toda pessoa Thoughtworker é responsável por dar suporte a colegas, não importa seu papel na empresa. Todas as pessoas têm algo a ensinar e a aprender.
Nós nos desafiamos continuamente a melhorar o espaço de trabalho, nossas relações profissionais e o impacto que podemos causar na sociedade, seja individualmente ou como empresa.
Aviso: As afirmações e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade de quem o assina, e não necessariamente refletem as posições da Thoughtworks.