Sua empresa está meio de um processo de transformação – ou planejando um? Então precisamos conversar.
A era digital estimula as empresas a experimentarem de tudo, desde investir em novas contratações até testar novos modelos de negócios. Muitas empresas estão reformulando ativamente infraestruturas legadas e adotando tecnologias de ponta como parte do esforço para acompanhar as mudanças impulsionadas pelo digital. E uma série de consultorias, cursos e soluções vem emergindo com a promessa de ajudá-las nessa jornada.
Nomes de peso como UPS e WPP estão ativamente nomeando líderes de transformação. Os gastos globais em tecnologias e serviços de transformação digital tendem a crescer a uma taxa composta anual de 16,7%, atingindo quase US$ 2 trilhões em 2022.
O aumento global dos gastos em transformação digital
Transformar não significa todo mundo fazendo a mesma coisa
Embora seja necessário haver um alinhamento compartilhado por toda a organização em torno de um resultado final, a transformação pode exigir coisas muito diferentes de diferentes funções e equipes.
Eles podem trabalhar em iniciativas avaliadas por diferentes métricas para melhorar suas capacidades e contribuir para o resultado comum.
“Uma das coisas importantes sobre a maioria dos processos de transformação é que não há uma medida única de sucesso. Pode haver muitas, dependendo da área da empresa.”
David Robinson, Líder de Transformação de Negócios na Thoughtworks
Transformar não é a única coisa que importa
Na transformação, há uma tendência de enfatizar o revolucionário. Mas o que muitas empresas não percebem é que o ponto de partida para o sucesso é executar melhor o velho business as usual (BAU).
A transformação é, portanto, um exercício de equilíbrio entre facilitar a mudança e assegurar que o BAU não seja negligenciado ou privado de recursos, porque isso pode significar problemas maiores mais tarde.
Principais obstáculos para inovação e transformação de negócios
A transformação nem sempre é horizontal
Estruturas horizontais só podem levar uma empresa até certo ponto. Novas abordagens muitas vezes exigem um novo modelo de liderança – que seja consultiva e habilite os times, mas que também não tenha medo de definir a direção ou fornecer "cobertura" quando necessário.
A transformação é melhor governada por um tipo muito particular de liderança. Que seja ousado e visionária o suficiente para definir o tom e reajustar as linhas de autoridade, mas também disposta a se retirar dos processos de tomada de decisão para atender aos interesses de agilidade e transparência.
“Um dos passos mais afirmativos que uma liderança pode dar em um projeto de transformação é deixar claro para sua equipe e para a organização que ela não tem todas as respostas, e que confia em sua equipe para resolver problemas. E que ela estará lá para ajudar, mas não vai tomar as decisões sempre.”
Brigid O’Brien, Consultora Principal da Thoughtworks
Falhar rápido não é suficiente
Embora a transformação geralmente envolva tentar e aprender com os erros, é importante não "fetichizar" a falha ou criar um ambiente totalmente livre de repercussões, no qual ideias limítrofes têm espaço para se multiplicarem. Há uma linha tênue entre aceitar uma certa quantidade de falha produtiva e tornar a falha uma meta por si só.
Embora a "falha rápida" possa ser um bom ponto de partida, um mantra melhor pode ser "falhe rápido, mas aprenda mais rápido ainda."
“Você deve criar uma alta tolerância à falha, mas uma baixa tolerância à incompetência. Essa mentalidade deve ser apoiada por uma liderança que deixa nítido o que é aceitável e o que não é, garantindo a que exista responsabilidade.”
Jonathan Pangrazio, Consultor Principal na Thoughtworks
Não é apenas sobre pessoas e cultura
Muitas lideranças de negócios veem pessoas e cultura como as principais agentes de transformação, e despejam recursos em ajustes organizacionais ou na criação de novas equipes. Ao focar nos aspectos "humanos" da transformação, é vital lembrar que mudanças duradouras precisam ser construídas sobre fundamentos sólidos de tecnologia.
Os obstáculos comuns à transformação, como a incapacidade de departamentos separados de compartilhar dados com eficácia, não podem ser resolvidos alterando a maneira como as pessoas trabalham. Eles exigem mudanças profundas (e eventualmente dolorosas) nos sistemas e na arquitetura corporativa.
Principais obstáculos para a transformação
Responsividade não significa responder a tudo
Entregar mais valor a clientes é uma medida importante do sucesso da transformação. Mas tornar-se uma organização mais responsiva não significa fazer tudo que clientes (ou dados) parecem estar dizendo. São necessárias decisões difíceis sobre mudanças nos sistemas e nas prioridades da empresa.
“Na inovação, você planta várias sementes e, à medida que elas brotam, às vezes é preciso cortá-las, porque cada uma delas representa mais custos e complexidade.”
Brigid O’Brien, Consultora Principal na Thoughtworks
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