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Como aumentar a velocidade de entrega com gerenciamento de riscos

Como aumentar a velocidade de entrega com gerenciamento de riscos

Este artigo vai ajudar você em duas coisas: uma, entender como a gestão de riscos pode aumentar a velocidade das suas entregas; e duas, fornecer um exemplo de dinâmica para engajar o time a se antecipar aos possíveis bloqueios durante a fase de desenvolvimento dos produtos.

Por que gerenciar riscos é tão importante?

No contexto do desenvolvimento de produtos, os riscos, ou seja, os cenários de incertezas estão habitualmente presentes no nosso cotidiano. Algumas destas incertezas podem impactar negativamente vários pontos estratégicos para o negócio como por exemplo: o time-to-market, a qualidade, a segurança e o valor do produto tanto para a pessoa usuária quanto para a empresa. Diante a isso, gerenciar riscos no contexto da agilidade se tornou extremamente valioso e necessário.

A gestão de riscos na agilidade

A primeira regra da gestão ágil de riscos é olhar para o futuro baseado nas experiências passadas, tendo como base o empirismo e a transparência. A segunda regra, trata de analisar estas incertezas e agir de forma proativa, com o intuito de maximizar o valor do produto, maximizar a qualidade, reduzir os bloqueios do cotidiano, reduzir o desperdício do tempo, dentre outros.

 

Todas as pessoas que estão envolvidas no desenvolvimento do produto ou com o time colaboram na identificação, análise e na tomada das ações proativas e mitigatórias ou exploratórias. Esta colaboração inicia-se durante o processo de discovery, transpassa para os workshops de inception e estão presentes e evidentes em todo o fluxo de desenvolvimento do produto e no dia a dia do time. Cada equipe possui as suas cerimônias definidas e aqui estão exemplos de como os riscos podem ser considerados em algumas delas:

Reuniões diárias: 

Durante as reuniões diárias, é válido aproveitar o tempo em conjunto com o time para entender se há algum risco permeando as atividades em execução ou aquelas que serão iniciadas e que podem resultar em bloqueios. Por meio desta visibilidade, é possível antecipar ações e mitigar a chance que a atividade seja paralisada, sem impactar o ritmo constante das entregas.

 

Abastecimento do board: 

Ao analisar quais as próximas atividades devem ser executadas pelo time, deve ser levado em consideração quais atividades entregarão um valor mais rápido em relação ao produto. Além disso, devem ser avaliados os riscos em relação aos bloqueios e também às possíveis mudanças destas atividades. Após a priorização e abastecimento do board, tomar ações para mitigar ou eliminar estes riscos são fundamentais em conjunto com o cliente e stakeholders envolvidos. 

 

Retrospectiva:

A retrospectiva tem o intuito de melhoria contínua, e com isso podem ser analisados os bloqueios da última iteração e sair com ações que mitigam a possibilidade que estes bloqueios aconteçam novamente. Além disso, é possível analisar os riscos gerenciais que fazem parte dos processos executados em torno do time.

 

Reuniões focadas em riscos:

Incertezas podem surgir a qualquer momento, mas vale considerar ter um espaço específico para falar sobre riscos. Esta sessão pode ter duração entre 30 e 60 minutos e tem o intuito de ser uma conversa aberta e sem julgamentos, para imaginar possíveis situações que podem acontecer nos próximos dias. Este é um momento de criatividade e cada time possui o melhor formato para que esta reunião seja a mais proveitosa possível. Abaixo, segue um deles:

Uma sugestão de dinâmica em uma reunião focada em riscos

Para termos um pensamento voltado aos cenários do futuro é preciso que a imaginação esteja presente, logo, inicialmente é feita uma dinâmica de quebra gelo para deixar o time mais à vontade. Neste momento, escolha alguma dinâmica rápida como por exemplo: jogo das perguntas ou qualquer outra que gere interação entre as pessoas.

 

Caso o time já tenha uma compreensão sobre os riscos, apenas relembre o seu significado. Caso contrário, inclua uma apresentação explicativa para colocar todas pessoas na mesma página.

A dinâmica se inicia com a leitura das atividades que estão no radar do time, que previamente o facilitador terá preenchido. Nesta etapa, pode surgir a necessidade de inclusão de atividades complementares ou subtarefas. Por isso, é importante deixar campos vazios ou um local para "outras atividades".

 

Cada membro do time irá descrever a incerteza em um post-it  e alocá-lo na atividade em que tal risco está envolvido. Cada cor de post-it refere-se a um impacto conforme a matriz de análise de riscos, e estas cores são fundamentais para a priorização da tratativa dos riscos.

Para finalizar é a hora de pensar nas ações! Os riscos urgentes, ou seja, com maior impacto e probabilidade de acontecer são priorizados e assim sucessivamente. Todo o time discute ações que podem ser realizadas, os responsáveis e o deadline.

Times ágeis respondem rapidamente a mudanças, e para fazer isso de forma assertiva é preciso ter obsessão a riscos!

Aviso: As afirmações e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade de quem o assina, e não necessariamente refletem as posições da Thoughtworks.

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