Há um crescente interesse no uso de interfaces cérebro-computador (ICCs) e em seu potencial de aplicação em tecnologias assistivas. Tecnologias não invasivas, como a eletroencefalografia (EEG) e outros sinais eletrofísicos, oferecem uma alternativa de menor risco em relação a implantes cerebrais para aquelas que estão se recuperando de lesões. Estão surgindo plataformas nas quais pesquisadoras e empreendedoras podem criar aplicações inovadoras sem se preocupar com os desafios de processamento de sinais de baixo nível e integração. Alguns exemplos dessas plataformas são Emotive e OpenBCI, que oferecem hardware e software de código aberto para o desenvolvimento de aplicações ICC. O produto mais recente da OpenBCI, o OpenBCI Galea, combina ICC com as capacidades de um headset de realidade virtual (VR). Ele oferece às pessoas desenvolvedoras acesso a uma variedade de fluxos de dados fisiológicos sincronizados no tempo, juntamente com sensores de posicionamento espacial e rastreamento ocular. Essa ampla gama de dados de sensores pode ser usada para controlar uma variedade de dispositivos físicos e digitais. O SDK suporta várias linguagens de programação e disponibiliza os dados dos sensores no Unity ou Unreal. Estamos entusiasmadas em notar essa capacidade oferecida em uma plataforma de código aberto, permitindo que pesquisadoras tenham acesso às ferramentas e aos dados necessários para inovar nesse campo.